Obviamente, o mundo não é o mesmo dos anos 60, 80, mas só por isso, não é preciso mais querer mudar ? querer transmitir o que sente para os outros ? Eu queria viver na época, em que ter esse poder de tocar as pessoas era usado para fazer elas entenderem o que pensam, e formarem pensamentos concretos. Mas no fundo eu sei, que o que faz você gostar de uma música, ou de uma banda, é se identificar com ela, ser traduzida por ela. O problema é que eu não posso fazer nada se muita gente se identifica com coisas que eu particularmente considero vazias.
Música também é algo pessoal. O que é bom pra mim pode não ser para você, o que me traduz você pode achar um lixo, então não tem muito o que criticar, porque gosto é gosto. Agora o estranho é ver as pessoas falando que bandas hoje que cantam "sentimentos monótonos" são inovação, são rock, são evolução, são a melhor coisa do mundo. Isso eu considero como falta de conhecimento. É um universo musical tão pequeno, mas tão pequeno, que qualquer coisa que seja "legalzinha" de ouvir, vira "a melhor coisa", e isso é desmerecimento.
Na minha opinião, a mídia tem culpa nisso. Eles escondem coisas realmente muito boas, para fechar o universo das pessoas e torna-las alienadas e presas. Existe um mundo tão grande, mas tão grande, antigo ou novo, que espera pra ser (re)descoberto. Por que o prestigio caiu ? Por que hoje ninguém conhece, bandas que marcaram a história ? Por que ninguém entende, e pior, ainda acha "péssimo" ? Por que não há mais esse respeito para com as pessoas que já mudaram a humanidade só com a força de uma canção ?
Eu posso aceitar, que você não goste da música, que não faça seu estilo e etc. Mas reconhecer que fizeram a diferença, que mudaram tudo, e que muito do que você conhece hoje vem deles, é um mínimo sinal de respeito. RESPEITO, dói ?
Não tem como comparar "ideais", não tem como classificar o pior ou o melhor. Tem é como aceitar que bandas, cantores com ideais de verdade, foram base para o que temos hoje. E nem isso agente consegue.
Se você não descobre esse universo, por preguiça, ou por acomodação, quem perde não sou eu. Mas se você vai atrás, escuta, reflete, sente falta, a história da música agradece.
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