terça-feira, 24 de agosto de 2010

5 minutos

-Oi – Ele me olhou com uma cara engraçada, não sabia o que fazer então acabou respondendo por obrigação, ou simplesmente porque quis ser educado.
-Oi... - Olhou para os amigos ao lado e deu uma risadinha baixa. Obviamente, eu fiquei roxa e me arrependi por completo de ter ido até lá, a “zona proibida” o “paraíso” das horas do intervalo, o lugar onde ele sempre sentava, rodeado de gente. Ele continuou me olhando... Esperando por alguma manifestação. Por dentro eu tinha todo o script pronto do que falaria, mas ao mesmo tempo não tinha noção do que dizer, então arrisquei, e mandei na lata:
-Olha é o seguinte, eu venho observando você desde o primeiro dia nesta escola, e sabe o que eu decidi ? Que não vou esperar até o último dia de aula pra você perceber que eu existo e assim vim me apresentar – dei o maior sorriso que pude, pra deixar mais leve a tensão que eu havia acabado de formar, mesmo sem querer. Esperei que ele fosse cair na gargalhada, ou simplesmente me mandar embora. Ele olhou para os lados e se levantou. Estremeci.
-Tudo bem, pode se apresentar – e sorriu gentilmente para o meu alívio. Eu ri. Não acreditava que tinha dito que iria me apresentar e nem mencionei meu nome, tinha que ser muito burra mesmo!
-Thaís, primeiro ano. – Dei risada da situação.
-Pode me chamar de Fi, é meu apelido. E sou do primeiro ano também – para minha plena felicidade ele também riu. Tá, agora era o momento em que eu deveria sair correndo por não saber o que dizer. Mas ele não deixou isso acontecer – Então... você disse que me observa desde o primeiro dia de aula ? – Corei na hora, de novo. Porém, percebi a deixa, levantei a cabeça e disse com um sorriso :
-É eu tenho te observado sim... mas como não sabia nada sobre você, decidi falar antes, pra ver se valia a pena sabe ? – Só me toquei da burrada que tinha feito depois que ele já estava olhando para trás, procurando os amigos que haviam desaparecido.
-Depende do que você acha que vale a pena.
-É difícil achar algo que valha – retruquei, mas achei idiota, afinal eu estava ali pra flertar ou brigar com ele? Mas ele levou na esportiva, deu risada e concordou.
-Tudo bem, se você achasse que não valeria a pena não viria aqui certo? – Tive que concordar – Graças a isso eu vou ser obrigado a falar com você sempre – olhei confusa para aqueles grandes olhos verdes, quando ele respondeu pra esclarecer – para ver se você vale – respirei aliviada. Ele sorriu educadamente, chegou mais perto e cochichou para mim: “quer saber de uma coisa? Eu adoraria saber se valho à pena”. Segurei o riso tímido, para não parecer infantil. O sinal estridente da escola soou. Olhei por impulso para trás. Nenhuma das minhas amigas estava mais lá. Nem os dele também. Ele sorriu, e virou para pegar a mochila. Decidi falar alguma coisa.
- Eu te vejo depois?
- Claro, porque não? – eu sorri contente, e ele retribuiu. Me virei para ir embora e ele me chamou.
- Thaís ! – olhei com susto pra trás – sabe, por um motivo estranho eu gostei de falar com você por esses 5 minutos. Você não me é estranha, acho que já te observei antes também sabia ? – ele riu e me encarava tanto, que fui obrigada a desviar o olhar. Ele abriu um sorriso, maravilhoso, e disse simplesmente: - então agente se vê depois certo ?
-Sim, claro ! – respondi ansiosa, abri um sorriso também e me virei. Eu fui para um lado, ele para o outro. Não lembro direito o que aconteceu depois, acho que passei o resto do dia desacreditando daquela coragem repentina, e agradecendo a mim mesma por tê-la criado. Naquele momento eu só acreditava que sim, havia valido a pena.

Beautiful eyes

Your beautiful eyes, stare right in to my eyes and sometimes I think of you late of night I don't know why... I wanna be somewhere where you are, I wanna be where ...
You're here, your eyes are looking in to mine, so baby make me fly. My heart has never felt this way before, I'm looking throug your...I'm looking through your eyes. I wake up I'm alive in only a little while, I'll cry. Cause you're my lullaby so baby come hold me tight cause I wanna be everything you need, I wanna be where... You're here, your eyes are looking in to mine, so baby make me fly. My heart has never felt this way before, I'm looking through your...I'm looking through your eyes. Just as long as your mine I'll be your everything tonight, let me love you, kiss you, baby let me miss you, let me see your and dream about your eyes. Eyes, eyes, your beautiful eyes.

domingo, 8 de agosto de 2010

Tudo muda realmente.

Vivemos hoje, na minha opinião, uma geração muito vazia. Sei que é errado generalizar, óbvio, mas eu fico completamente pasmada com tamanha falta de conhecimento. Toda geração tem seu ídolo. Toda geração tem seu ideal. E as vezes eu me pego perguntando, quais são os da nossa...copiar o que outros ídolos já fizeram, para falar que é pacifista ? ou cantar letrinhas vazias apenas para ganhar dinheiro ? O objetivo dos cantores, bandas, artistas hoje muitas vezes é apenas falar o que os outros querem ouvir e não o que pensam.Acho muito difícil encontrar hoje, entre as bandas que estouram de sucesso, algum tipo de inovação. Não estou dizendo que apenas o que é antigo é bom, porque é mentira. Eu gosto de muitas bandas e cantores atuais, que me transmitem algum tipo de mensagem.Há milhões de maneiras de passar essa mensagem, traduzir sentimentos. Não é preciso só criticar a política ou a sociedade para ter um ideal.Você pode falar de amor e conseguir o mesmo efeito. Inovar é uma questão de opinião. Achar que qualquer coisa bonitinha é inovação e evolução, já é outra coisa.
Obviamente, o mundo não é o mesmo dos anos 60, 80, mas só por isso, não é preciso mais querer mudar ? querer transmitir o que sente para os outros ? Eu queria viver na época, em que ter esse poder de tocar as pessoas era usado para fazer elas entenderem o que pensam, e formarem pensamentos concretos. Mas no fundo eu sei, que o que faz você gostar de uma música, ou de uma banda, é se identificar com ela, ser traduzida por ela. O problema é que eu não posso fazer nada se muita gente se identifica com coisas que eu particularmente considero vazias.
Música também é algo pessoal. O que é bom pra mim pode não ser para você, o que me traduz você pode achar um lixo, então não tem muito o que criticar, porque gosto é gosto. Agora o estranho é ver as pessoas falando que bandas hoje que cantam "sentimentos monótonos" são inovação, são rock, são evolução, são a melhor coisa do mundo. Isso eu considero como falta de conhecimento. É um universo musical tão pequeno, mas tão pequeno, que qualquer coisa que seja "legalzinha" de ouvir, vira "a melhor coisa", e isso é desmerecimento.
Na minha opinião, a mídia tem culpa nisso. Eles escondem coisas realmente muito boas, para fechar o universo das pessoas e torna-las alienadas e presas. Existe um mundo tão grande, mas tão grande, antigo ou novo, que espera pra ser (re)descoberto. Por que o prestigio caiu ? Por que hoje ninguém conhece, bandas que marcaram a história ? Por que ninguém entende, e pior, ainda acha "péssimo" ? Por que não há mais esse respeito para com as pessoas que já mudaram a humanidade só com a força de uma canção ?
Eu posso aceitar, que você não goste da música, que não faça seu estilo e etc. Mas reconhecer que fizeram a diferença, que mudaram tudo, e que muito do que você conhece hoje vem deles, é um mínimo sinal de respeito. RESPEITO, dói ?
Não tem como comparar "ideais", não tem como classificar o pior ou o melhor. Tem é como aceitar que bandas, cantores com ideais de verdade, foram base para o que temos hoje. E nem isso agente consegue.
Se você não descobre esse universo, por preguiça, ou por acomodação, quem perde não sou eu. Mas se você vai atrás, escuta, reflete, sente falta, a história da música agradece.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Because


Because the world is round, it turns me on, because the world is round.
Because the wind is high, it blows my mind, because the wind is high.
Love is old, love is new.
Love is all, love is you.
Because the sky is blue, it makes me cry, because the sky is blue.